terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Desafio Literário 2014


Mais um ano começa e novos livros serão lidos. Para esse ano de 2014 tenho uma meta pessoal de ler 50 livros, ufa! Será que consigo? Para tanto vou continuar a leitura cronológica de Machado de Assis. Desta vez serão os contos. E para "dar um gás" nessa meta me juntei ao Grupo Desafios Literários no skoob. O Desafio Literário 2014 tem como objetivo ler e resenhar pelo menos um livo por mês de cada tema proposto durante o ano de 2014. Os temas são os seguintes: 

  • Janeiro - um livro que virou filme
  • Fevereiro - um Clássico Mundial
  • Março - um livro de suspense (mistério/assassinato/policial)
  • Abril - um livro escrito por uma mulher
  • Maio - uma biografia
  • Junho - um livro de autor nacional
  • Julho - um livro indicado por outro participante do Desafio
  • Agosto - um livro sobre bruxas
  • Setembro - um livro de série
  • Outubro - um livro de Ficção-científica
  • Novembro - um livro infanto-juvenil
  • Dezembro - Um lançamento de 2014

E eis a minha lista: 


sábado, 14 de dezembro de 2013

Projeto Leitura Cronológica: Memorial de Aires

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria (1839-1908). Memorial de Aires. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009.

"...por maior que tenha sido a ausência, o lugar onde alguém passou os primeiros anos há de dizer à memória e ao coração uma linguagem particular". (ASSIS, Machado de. Memorial de Aires, 2009, p. 113)

Memorial de Aires é o último romance de Machado de Assis trata-se de um diário. O diário é do Conselheiro Aires que narra em primeira pessoa suas impressões e opiniões do cotidiano dos anos de 1888 - 1889, em especial dos habitantes da casa do Flamengo, os Aguiares. Um casal de idosos que não teve filhos biológicos mas que tem dois filhos postiços, a viúva Noronha (Fidélia) e o afilhado Tristão. 

Memorial de Aires é um livro mais lento por não ter muitos acontecimentos, mas ao mesmo tempo é de leitura rápida por ser em formato de diário, ser em primeira pessoa. Vamos acompanhando e descobrindo junto com o conselheiro Aires o romance da Fidélia, que no inicio de suas anotações parece tão fiel a sua viuvez, com Tristão, o afilhado dos Aguiares, vindo de Portugal para visitar os padrinhos deixados no Brasil.

Concluo aqui a leitura cronológica dos romances de Machado de Assis. Foi uma experiência agradável de conhecimento e apreciação da evolução da escrita de Machado de Assis. Uma experiência que recomendo à todos os apreciadores da nossa literatura nacional em especial aos apreciadores da escrita do nosso querido Machado de Assis.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Projeto Leitura Cronológica: Isaú e Jacó

MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria (1839-1908). Esaú e Jacó. Porto Alegre, RS: L&PM, 2012


"Aires insistiu; ela não pôde recusar mais tempo, abriu a pasta, e tirou um pedaço de papel grosso em que estavam desenhadas duas cabeças juntas e iguais. Não teriam a perfeição desejada por ela; não obstante, dispensavam os nomes" (ASSIS, Machado de, Isaú e Jacó. p. 235)

Antes de qualquer comentário sobre livro devo confessar que foi difícil o encontro com esse texto de Machado de Assis.  Iniciei e abandonei o livro inúmeras vezes e depois de já saber quase de cor o inicio do livro decidi ir avançando apesar dos longos intervalos entre ler e abandonar o livro. Não sei exatamente porque mas não conseguia imprimir qualquer ritmo de leitura mais fluido para este livro. Mais afinal, do que trata esse livro?

Esaú e Jacó  é o penúltimo romance de Machado de Assis. E é narrado pelo Conselheiro Aires que é também personagem na história. Logo no inicio do livro acha-se uma advertência que alerta aos leitores que o Conselheiro está morto e que o livro em questão trata-se de um manuscrito do Conselheiro  que diferente de outros 6 volumes trata-se de  uma narrativa a qual resolve-se publicar acreditando que seria desejo do Conselheiro publicar estas memórias.

A narrativa conta a história dos irmãos gêmeos Pedro e Paulo que desde o ventre da mãe são opostos. E a narrativa começa com um episódio em que a mãe, Natividade, sobe ao morro do Castelo para consultar uma cabocla sobre a sorte dos filhos e desta recebe bons augúrios: "Seus filhos serão gloriosos. É só o que lhe digo. Quanto à qualidade da glória, coisas futuras". Mas com a advertência "Brigam no ventre da mãe, que tem? Lá fora também se briga".

Os gêmeos nascem, crescem mas sempre opostos. Um se faz monarquista o outro republicano. Um é médico e o outro advogado. E estão sempre discutindo e discordando, menos em uma questão o amor por Flora. Flora é filha de Dona Cláudia e Batista, amigos da família dos gêmeos. Mas Flora não consegue escolher entre os gêmeos e acaba definhando.

Em Esaú e Jacó também temos como pano de fundo a Proclamação da República. Além dos irmãos que representam duas posições políticas distintas temos ainda alguns episódios no decorrer do livro que ilustram o momento histórico em questão.

É um livro interessante mas, na minha opinião, não é um dos melhores de Machado. Mas ainda assim é uma leitura válida ainda mais se você gosta da escrita de Machado.