MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria (1839-1908). Esaú e Jacó. Porto Alegre, RS: L&PM, 2012
"Aires insistiu; ela não pôde recusar mais tempo, abriu a pasta, e tirou um pedaço de papel grosso em que estavam desenhadas duas cabeças juntas e iguais. Não teriam a perfeição desejada por ela; não obstante, dispensavam os nomes" (ASSIS, Machado de, Isaú e Jacó. p. 235)
Antes de qualquer comentário sobre livro devo confessar que foi difícil o encontro com esse texto de Machado de Assis. Iniciei e abandonei o livro inúmeras vezes e depois de já saber quase de cor o inicio do livro decidi ir avançando apesar dos longos intervalos entre ler e abandonar o livro. Não sei exatamente porque mas não conseguia imprimir qualquer ritmo de leitura mais fluido para este livro. Mais afinal, do que trata esse livro?
Esaú e Jacó é o penúltimo romance de Machado de Assis. E é narrado pelo Conselheiro Aires que é também personagem na história. Logo no inicio do livro acha-se uma advertência que alerta aos leitores que o Conselheiro está morto e que o livro em questão trata-se de um manuscrito do Conselheiro que diferente de outros 6 volumes trata-se de uma narrativa a qual resolve-se publicar acreditando que seria desejo do Conselheiro publicar estas memórias.
Esaú e Jacó é o penúltimo romance de Machado de Assis. E é narrado pelo Conselheiro Aires que é também personagem na história. Logo no inicio do livro acha-se uma advertência que alerta aos leitores que o Conselheiro está morto e que o livro em questão trata-se de um manuscrito do Conselheiro que diferente de outros 6 volumes trata-se de uma narrativa a qual resolve-se publicar acreditando que seria desejo do Conselheiro publicar estas memórias.
A narrativa conta a história dos irmãos gêmeos Pedro e Paulo que desde o ventre da mãe são opostos. E a narrativa começa com um episódio em que a mãe, Natividade, sobe ao morro do Castelo para consultar uma cabocla sobre a sorte dos filhos e desta recebe bons augúrios: "Seus filhos serão gloriosos. É só o que lhe digo. Quanto à qualidade da glória, coisas futuras". Mas com a advertência "Brigam no ventre da mãe, que tem? Lá fora também se briga".
Os gêmeos nascem, crescem mas sempre opostos. Um se faz monarquista o outro republicano. Um é médico e o outro advogado. E estão sempre discutindo e discordando, menos em uma questão o amor por Flora. Flora é filha de Dona Cláudia e Batista, amigos da família dos gêmeos. Mas Flora não consegue escolher entre os gêmeos e acaba definhando.
Em Esaú e Jacó também temos como pano de fundo a Proclamação da República. Além dos irmãos que representam duas posições políticas distintas temos ainda alguns episódios no decorrer do livro que ilustram o momento histórico em questão.
É um livro interessante mas, na minha opinião, não é um dos melhores de Machado. Mas ainda assim é uma leitura válida ainda mais se você gosta da escrita de Machado.
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